ENCICLOPÉDIA DO TEATRO
Teatro: Lugar para jogos públicos; reunião de espectadores ou ouvintes; local para apresentação de espetáculo (ver, contemplar, olhar, ouvir).
Interpretar: desempenhar temporariamente o papel de outrem, fantasiar-se e falar à maneira dele.
Teatro e Literatura: com exceção de certas representações mudas (a pantomima, os títeres) ou as improvisações, (commedia dell’arte), o teatro não é uma arte totalmente autônoma, precisa, como base, de textos literariamente elaborados para tal fim. A esse conjunto, se chama literatura dramática – a tragédia, a comédia, o drama, o infantil, etc.., mas, para ser considerado teatro necessita ser representado no palco. Determinados textos dramáticos tornam-se impossíveis de serem interpretados no palco, e são utilizados em o que chamamos leitura dramatizada, como alguns textos do século XVII da época elisabetana. No entanto, durante o século XIX, especialmente na Inglaterra, alguns textos de Shakespeare foram tratados pela crítica literária como se fossem poemas ou romances, mas, já no séc. XX, Harley Granville-Barker restabeleceu o equilíbrio, explicando os textos pelos seus prefácios e pela interpretação integral no palco.
Teatro e Música: as tragédias da Antigüidade gregas eram acompanhadas de músicas. Inclusive as declamações dos textos se aproximavam do recitativo, levando essa tradição até bem mais tarde, no teatro clássico francês. As relações entre o teatro e a música também se destacam no teatro elisabetano. Foram cantadas canções no teatro de Shakespeare. As canções do músico Dowland (1563-1626) fpram elogiadas no poema O Peregrino Apaixonado, de Shakespeare.
No século XIX a prepresentação de uma peça sempre foi introduzida por uma abertura escrita para esse fim e havia munida nos intervalos e até para acompanhar certas cenas. A mais famosa música de abertura de cena naquela ocasião foi a de Beethoven (1810), para o espetáculo Egmont, de Goethe.
No século XX, as aberturas musicais caíram em desuso.
Modernamente, é muito comum utilizar ruídos, sons isolados, músicas completas, sem que a música apresentada tenha qualquer ligação com o texto falado, podendo até ser utilizada como forma de distanciamanto.
Os Três Componentes do Teatro: Comecemos pelos atores. Até aproximadamente o meio do século XIX, o ator era mesmo o principal artista do palco. A partir de 1890, essa condição muda e o papel de líder da representação passa para o Diretor ou o Encenador. No teatro moderno, os principais diretores foram Stanislavski, Reinhardt, Antoine, Granville-Barker, dentre outros. Estes consideravam que, acima do ideal do grande ator, deveria estar o ideal do elenco, do espetáculo, chefiado pelo encenador, que inspira e dirige a maneira que a obra deva ser interpretada. O principal auxiliar do encenador é o Cenógrafo.
A cenografia foi de grande destaque nas encenações de óperas, já na segunda metade do séc. XVII e todo o séc. XVIII, especialmente pelos arquitetos e pintores italianos.
Já no século XIX, os espetáculos buscaram mais o naturalismo, desejando a entrada de objetos autênticos, fiéis aos ambientes da época. Outra facilidade então, foi a ajuda que receberam os cenógrafos dos maquinistas e eletricistas, que surgiram na época.
Direção Teatral: No teatro moderno, cabe ao diretor, através da cenografia, indumentária, iluminação, música, etc, estrair de um texto a sua substância e dar-lhe vida em termos cênicos.
No século XX, é costume afirmar que existem duas grande correntes diretoriais: a que subordina a encenação ao texto e a que utiliza o texto tão somente como mais um dos elementos que concorrem para a composição do espetáculo.
Outra teoria, diz que o diretor participa, de igual modo com atores e técnicos, numa criação coletiva, finalizando um trabalho em conjunto.
Antes da chegada do diretor, o autor, o ator e o cenógrafo eram os organizadores da cena. A chegada do diretor veio então disciplinar o conjunto do espetáculo.
Ainda assim, os modernos diretores como Antoine, Stanislavski, Appia e Craig foram buscar inspiração exatamente naqueles autores gregos antigos, em Skakespeare e Moliere, que, não só sabiam imaginar um mundo irreal, como o fazia ter vida própria.
Na era medieval, quando os textos chegavam a conter mais de 1.500 páginas, foi sugerida a figura de um regente, pois os trabalhos eram realizados em etapas e duravam dias, até semanas. Eram necessários mais de um regente, ou diretor de produção,
Até a segunda metade do séc XIX, haviam ainda tímidas tentativas para o estabelecimento da figura do diretor.
Na atinguidade grega, as unidades de tempo, ação e lugar, aliadas à estrutura cenográfica permanente, tolhiam qualquer condição de manter a ordem por um diretor.
Na Inglaterra elisabetana, o teatro, embora não fosse como no auge do período medieval, somente uma experiência religiosa, se dirigia a um público específico, que fazia do famoso Globe Theatre, por exemplo, um ponto de convergência social; e no palco o que se via era uma estrutura convencional, comum a todas as produções. – ou seja, a arquitetura era igual para qualquer representação.
Durante a Renascença, com a descoberta da perspectiva, largamente utilizada em termos cênicos, o teatro se transformou durante muitas décadas, no triunfo da cenografia, deslocando o texto de sua posição central em favor do dispositivo cênico e da interpretação.
Essa questão fez com que os artistas pensassem em modificar o ambiente de representação e foi entre 1750 e 1850 que vários atores, empresários e críticos foram abrindo caminho para essa nova profissão. Foi David Garrick, um dos maiores atores Shakespeariano e gerente do teatro Drury Lana, que mofificou a arquitetura do palco para representar suas peças e mais ainda, aumentou em muito a quantidade de ensaios, a fim de mostrar um trabalho mais elaborado e menos improvisado.
Já na Alemanha, Konrad Ekhof, no ano de 1753, começou a trabalhar na sua Academia de Atores, fazendo algo inédito: Leitura inicial de texto, com a finalidade de analisar todos os papéis antes do início dos ensaios e afirmando que os objetivos do conjunto prevaleceriam sobre a vontade individual de atores.
Naquela época, alguns dos grandes atores acreditavam que eles estavam acima do espetáculo e que o mesmo só aconteciam por eles. Havia disputa sobre quem era o maior e melhor. Era o chamado Estrelismo, que ainda hoje conhecemos o termo.
O alemão Goethe, no século XIX, era supervisor do teatro de Weimar e ele realizava ensaios rigorosos, com movimentos minuciosamente marcados, repetindo até a perfeição, dando ênfase ao trabalho do conjunto, em detrimentos dos “astros”.o, dando eados, repetindo atroshoje conhecemos o termo.lisar todos os papos improvisado.retrker, dentre outros.
Giz-no teatro
Frases de atores de teatro
" A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por
isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a
cortina se feche e a peça termine sem aplausos.
" para bem conhecer a naturaza dos povos, é necessario ser
príncipe, e para bem conhecer a dos príncipes, é necessario
pertencer ao povo.
" O teatro é o primeiro soro que o homem inventou para se
proteger da doença da angústia.
" A mente humana é um grande teatro. Seu lugar não é na platéia, mas no palco
brilhando na sua inteligência, alegrando-se com suas vitórias, aprendendo com as
suas derrotas e treinando para ser a cada dia, autor da sua história, líder se si
mesmo!